A ADERJ – Associação dos Diretores de Escolas Públicas do Estado do Rio de Janeiro torna público seu repudio a aplicação de penalidade de suspensão ao prof. Jose Carlos Madureira, por parte da chefia de gabinete da SEEDUC.
A penalidade, apurada através de sindicância, iniciada a partir de denúncias de pretensas irregularidades apresentada pelo presidente da Comissão de Educação da ALERJ, representa verdadeiro atentado à liberdade de expressão e ao pluralismo de ideias, que devem sempre estar presentes no ambiente escolar, como espaço democrático e diverso.
As pretensas irregularidades expostas na peça de denúncia são fruto óbvio de descontentamentos pessoais da parte do Denunciante, que aparentemente, não compreendeu adequadamente as atribuições do Fórum Estadual de Educação, tampouco aceita que a escola, seja um espaço de harmonização de divergências, convivência pacífica entre as diversas concepções filosóficas e pedagógicas e no qual se deve estimular a livre manifestação do pensamento, conforme determinado pela Constituição da República.
A Defesa Técnica do associado teve êxito em refutar todas as acusações, no entanto, a SEEDUC considerou que o servidor violou seus deveres funcionais ao permitir que fosse reproduzida uma música, cuja letra faria alusão ao Presidente da República, em um contexto de crítica ao novo ensino médio, durante a realização do Fórum Estadual de Educação. Nada mais absurdo, que nos remete aos períodos mais obscuros da ditadura, no qual as manifestações artísticas eram censuradas e seus autores perseguidos.
A ADERJ se solidariza com o prof. Madureira e espera que a Sra. Secretária de Educação reveja o Ato e reafirme seu compromisso com os valores que devem imperar nas escolas da rede, que se quer sejam democráticas e plurais.
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