A ADERJ – Associação dos Diretores de Escolas Públicas do Estado do Rio de Janeiro, neste momento tão crítico para toda a nossa sociedade, em que estamos na iminência de um colapso do sistema de saúde, não pode deixar de criticar a decisão governamental de manter as escolas em funcionamento. Ainda que sejam tomadas medidas de distanciamento social e de higienização pessoal e ambiental, é inegável o risco a que estão submetidos os diretores, os funcionários, os professores e os alunos. O atendimento diário pode ser substituído por um regime de plantão no qual se pode manter, através de planejamento e agendamento, o atendimento emergencial e a entrega dos “kits” de merenda, além do cumprimento das demandas que exijam, eventualmente, atendimento presencial.
A suspensão do atendimento diário diminuiria os riscos de contágio no ambiente escolar, além de fazê-lo também quanto ao próprio deslocamento dos profissionais e alunos do trajeto residência-escola-residência, colaborando para desafogar o sistema de transporte.
Em que pese a colaboração dos órgãos setoriais da SEEDUC na flexibilização de prazos e no atendimento de algumas demandas requeridas aos diretores, que demonstra compreensão pelas dificuldades impostas pelo delicado momento, o estresse provocado pela obrigatoriedade de comparecimento presencial às Unidades Escolares, ainda que não portadores de comorbidades, está provocando o adoecimento de muitos diretores e demais servidores.
Assim, se torna necessário a reavaliação da medida, tendo como vetor principal, neste gravíssimo momento pelo qual todos passamos, que o fundamental é a preservação da Vida, sem a qual, qualquer outro interesse ou valor, perde, totalmente, o sentido.
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